domingo, 13 de maio de 2012

Patinadora Feliz



    Andar sobre rodas de patins, onde sinto-me livre para voar e esquecer de todas as coisas e problemas do mundo. Tudo é desligado com o rolar das rodinhas e o volume alto das minhas músicas preferidas.    
    Todos os olhares são ignorados enquanto o vento balança meus cabelos e movimento os patins. As músicas me fazem inventar meus movimentos. Em um salto posso desequilibrar e me recompor com um sorriso, posso sentir subir a adrenalina quando dou tudo de mim, em uma corrida mais rápida seguida de um salto.   
     É inexplicável o tom rosado que meu rosto fica depois de meia hora que estou andando. Entretanto, não troco por nada desse mundo, a estranha sensação de liberdade enquanto ando de costas deslizando pelo asfalto.   
     As pessoas não conseguem compreender minha habilidade adquirida sem nenhum professor, também não consigo explicar como consigo andar neles ou de onde que eu tiro tanto equilíbrio, somente expresso nas rodinhas tudo que me dá vontade de fazer.    
    Cada vez mais pretendo aumentar minhas manobras, tenho vontade de avançar cada vez mais que me sinto preparada para novos desafios.   
     Aprendi a cair sem me machucar. Essas coisas a gente aprende com o passar do tempo e muita prática. Tenho determinação para seguir em diante depois de desequilibrar e cair.  
      Na visão das pessoas devo parecer meio louca ao dançar no patins enquanto gesticulo as letras das músicas que escuto, lembrando sempre de tomar cuidado, para não me enroscar no fio dos fones.   
     E é nessa loucura vista por muitos e ignorada por mim, que me sinto livre para ser feliz fazendo a única coisa que só depende do movimento dos meus pés. Os patins não são um simples esporte, é uma arte, um dom, uma habilidade e vontade de me fazer ser feliz.

Inspiração para a minha vida

"Você nunca chegará a 100% se ficar conformado com 99%"